Em audiência pública realizada na Câmara, a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis apresentou, na última quinta-feira (27), o Relatório Detalhado do 3° Quadrimestre de 2024. A reunião contou com a presença do secretário e de todo o corpo técnico da pasta.
Conforme apresentado pela secretaria, no último quadrimestre, cerca de 299 mil pessoas foram atendidas através da Rede Assistencial Própria do município; no ano todo de 2024, foram mais de 520 mil pessoas. Destes atendimentos, 66,7% correspondem a consultas; 26,6% a atendimentos de nível médio; e 6,7% a vacinações.
Dentre os dados apresentados, o relatório mostrou que a maior causa de óbitos em Florianópolis se dá por três fatores: neoplasias, problemas circulatórios e causas externas. O presidente da Comissão de Saúde, vereador Renato da Farmácia, destacou a importância de dar mais atenção a essas áreas específicas, enviando mais recursos para a prevenção, evitando novos casos.
“O fato de termos a colocação de mortes por neoplasia, problemas circulatórios e causas externas faz com que politicamente, a gente precise de ações com relação a isso. Nós temos hoje o câncer como um grande problema, então, o que temos que fazer é enviar mais recursos na questão da prevenção das neoplasias, também na questão dos problemas circulatórios, precisamos fazer um trabalho de prevenção nos setores onde as pessoas trabalham e frequentam para ver se estão bem acomodadas e não tenham esses problemas de circulação, problemas de hipertensão e tudo aquilo que acaba trazendo a causa de morte, e a questão das causas externas é melhorar a segurança. Então, tudo que envolve saúde, envolve o Executivo e o Legislativo, politicamente falando. Sempre digo que o que você gasta na prevenção, você economiza no tratamento”, afirmou o vereador.
Florianópolis tem como meta para o ano de 2025 diminuir a taxa de suicídio para 6 óbitos a cada 100 mil habitantes. Atualmente, a taxa está em 10,4 óbitos, um número expressivo, que de acordo com o secretário de Saúde, Almir Gentil, precisa de muito trabalho por parte de todos para ser diminuído.
“A saúde é sem dúvida uma das maiores demandas de todo o mundo, então, a gente precisa levar em consideração o que vimos hoje, que são os indicadores de Florianópolis, que são bem melhores do que a grande média do país, mas ainda existem alguns problemas específicos que nós temos e precisamos trabalhar nesse indicadores, entre eles a morte em acidentes de trânsito, também a taxa alarmante do suicídio em nossa cidade, são algumas dessas questões que precisam de mais atenção para serem melhoradas. Temos um trabalho longo para resolver alguns destes gargalos da saúde, mas a gente está plantando e acredito seriamente que vamos conseguir resultados expressivos nessas áreas que já estão boas em relação a outros lugares do país, mas que pela exigência da população, precisamos melhorar bastante”, disse o secretário.
